sábado, 25 de agosto de 2007

SOLO SAGRADO


Os rituais



Uma música instrumental toca ao fundo, enquanto os fiéis fazem reverências a um quadro composto de cinco ideogramas. É como identificam a presença de Deus. Oferecem a Ele arroz, sal e água. Também no altar há uma foto do líder Meishu-Sama e uma ikebana. Tudo pronto para começar o culto messiânico. Os membros entoam a Oração Amatsu-Norito, uma espécie de mantra em japonês arcaico que pede a purificação do espírito. Costumam também rezar a Oração dos Messiânicos, em português, e o Pai-Nosso cristão. Em seguida, o ministro (o dirigente da cerimônia) faz um Johrei coletivo. Lê e interpreta um ensinamento de Meishu-Sama. E uma canção dos messiânicos, que renova o compromisso de construir o Paraíso Terrestre, encerra o culto.

A doutrina



Nesse mundo, as pessoas se ajudariam mutuamente, viveriam em harmonia com a natureza e teriam pleno acesso às artes. Esta é a descrição do Paraíso para os messiânicos: uma terra da Verdade, do Bem e do Belo. A Verdade seria viver conforme a lei de que o espírito viria antes da matéria. Assim, toda manifestação física, como a doença, teria sua origem primeiro no plano espiritual. O Bem estaria no altruísmo e o Belo seria a Verdade em forma concreta, ou seja, as manifestações artísticas com as quais o autor se preocupe em passar a boa vibração de seu espírito.

Para chegar a esse mundo ideal, porém, Okada definiu que a humanidade deveria seguir três colunas de salvação: o Johrei, ou seja, a transmissão da luz divina para o reequilíbrio pleno do próximo; o cultivo e o consumo de alimentos sem agrotóxicos e hormônios; e a busca do Belo, traduzida na prática de atividades criativas como a ikebana (arranjo floral) e o coral (leia mais sobre estes princípios no quadro ao lado).“A Igreja Messiânica se propõe a ser mais que uma religião: quer imprimir uma filosofia de vida, baseada na alimentação natural e no incentivo às artes”, diz a antropóloga brasileira Regina Matsue, que defendeu na Universidade de Tsukuba, no Japão, uma tese sobre a difusão da crença no País.



Para alcançar os diversos aspectos do cotidiano das pessoas, a Igreja teve de se desdobrar. Abriu-se, então, a empresa Korin, cujos produtos orgânicos estão à venda até em redes de supermercado. E, para administrar o lado artístico, foi criada a Fundação Mokiti Okada, que recebe patrocínio público e privado para manter suas atividades. A implantação desses braços traz embutido o objetivo maior da Igreja Messiânica: construir, aqui e agora, o Paraíso terrestre. Como fundação ou empresa, a crença consegue transpor barreiras religiosas para espalhar sua filosofia. Fiéis de quaisquer credos podem ministrar e receber Johrei e fazer ikebanas.

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Solo Sagrado, mais uma vez, sedia o evento ambiental “Abraço na Guarapiranga”

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